domingo, 19 de outubro de 2008

A minha visão sobre o PTE, numa óptica tradicional....

Plano Tecnológico da Educação Segundo uma Visão Tradicional

Analisando o site do plano tecnológico da educação ( http://www.escola.gov.pt/), na perspectiva de um educador tradicional, não posso deixar de considerar a medida excessivamente política e eleitoralista. Onde a preocupação principal são os objectivos do projecto: “A ambição do PTE é a de colocar Portugal entre os cinco países europeus mais avançados em matéria de modernização tecnológica das escolas até 2010”; “2 alunos por computador em 2010”; “1 videoprojector por sala de aula em 2010”; “1 quadro interactivo por cada 3 salas de aula em 2010”; “Garantir velocidades elevadas de acesso à Internet em todos os computadores”. A intenção é centrada no equipamento, e na modernização tecnológica e assume-se que os alunos serão o futuro produto dessa mesma inovação. O modelo implícito no plano tecnológico assemelha-se ao modelo proposto por Bobbitt (1918), onde defendia uma escola organizada e desenvolvida, com um modo de funcionamento similar a uma empresa, a palavra-chave no modelo de Bobbitt era “eficiência”. Basta analisar-mos a apresentação do plano, para observar que as palavras-chave são inovação, desenvolvimento, eficácia e organização.
Na definição do plano tecnológico, os aspectos pedagógicos e do currículo assumem um papel mais secundário. A distribuição de equipamentos pelas escolas e atribuição de computadores portáteis a todos os alunos não irá resolver todos os problemas da educação, embora seja essa a ideia a transparecer, principalmente no que diz respeito a aquisição de competências chave, e no saber estar e conviver em sociedade. Os alunos não poderão desenvolver as competências pretendidas nas TIC se não adquirirem competências de escrita, leitura de raciocínio lógico-dedutivo, entre outras. As tecnologias não podem ser vistas como a resolução de todos os problemas (insucesso escolar, abandono escolar, problemas sociais, etc.), devem antes ser consideras como ferramenta de auxílio para a aquisição e construção de conhecimento. Apesar da integração da TIC, no processo de ensino, existem aspectos do currículo de algumas disciplinas que não podem ser descurados, por corremos o risco de termos a tecnologia, mas não a usar correctamente.
O plano foca a aquisição de competências TIC por parte dos alunos, e os docentes? E as respectivas adaptações curriculares? E os problemas sociais dos alunos e da escola? Não se pretenderá que a escola, privilegie a reprodução da cultura social dominante, ao exigir que todos os alunos atinjam determinadas competências? Uma das maiores críticas, feitas por Bourdieu e Passeron (1970) em A Reprodução, era o facto de o modelo tradicional de currículo e da escola, privilegiarem a reprodução da cultura social dominante.
Embora de uma perspectiva mais tradicional a medida possa ser criticável, torna-se difícil não concordar com ela, poderia ser desenvolvida noutros moldes, mas no geral é uma boa iniciativa. Todos nós desejamos uma escola bem apetrechada tecnologicamente, progressista, virada para a sociedade, com métodos de ensino inovadores e com currículos dinâmicos adaptados aos alunos e às suas vivencias sociais.
Pontos fortes do Plano:
- Modernização tecnológica da escola;
- Maior aproximação de Portugal aos níveis europeus na utilização das TIC;
- Maior integração das TIC no processo de ensino-aprendizagem;
- Pretender maior autonomia para os alunos.
Pontos Fracos do Plano:
- Falta de formação tecnológica dos docentes;
- Politização do projecto;
- Necessidade de proceder a alterações e ajustamentos aos currículos;
- Necessidade de maior autonomia para as escolas;
- Necessidades de repensar o sistema de formação inicial de professores.

1 comentário:

quenbeesabella disse...

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