sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Sociogramas

Sociogramas (mais brevemente)

Sociograma do Blogue


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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Aprender na sociedade do Conhecimento

Contextualização

O desenvolvimento das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), provocou algumas alterações, no modo como pensamos a educação, nomeadamente, a educação na Sociedade do Conhecimento. Bem como, nas formas métodos e nos espaços de aprendizagem, hoje em dia não só a escola se assume como espaço de aprendizagem, a residência, o local de trabalho, o espaço social assumem um papel importante na aprendizagem.
Cada vez mais as pessoas e os alunos em particular, procuram conhecimentos através das TIC, principalmente na Internet, que possam corresponder às suas necessidades de aprendizagem. Existe hoje em dia, um vasto leque de tecnologias disponíveis, que permitem desenvolver novos espaços de aprendizagem, e a quantidade de informação disponível é incalculável, que se torna muito difícil seleccionar informação de qualidade.
As consequências de todo este desenvolvimento, são enormes para a escola e para os professores. Os modelos pedagógicos centrados no professor, onde este assume o papel principal na transmissão de conhecimento, não se adequam a este novo paradigma de aprendizagem, que exigem ambientes de aprendizagem interactivos, dinâmicos centrados no aluno e nas suas necessidades de aprendizagem. Quando implementamos metodologias com recurso às TIC, por exemplo, sala de aula em rede, aumentamos a complexidade mas também a interactividade e o interesse e participação dos alunos.
Comparativamente com os modelos pedagógicos tradicionais as pedagogias colaborativas típicas das salas de aula em rede constituem-se como sistemas de muito mais elevado grau de complexidade: mais interactivos, menos estruturados, envolvendo processos colaborativos de construção do conhecimento, capazes de adaptação à mudança mas também altamente imprevisíveis. (Gomes, 2006)

Utilização das Tecnologias da Informação no Ensino

As TIC são utilizadas no ensino em variados contextos e com diversos objectivos. O mais usual, é no meu ponto de vista, a sua utilização na sala de aula, para apresentação de conteúdos ou para desenvolver algumas actividades com os alunos, não deixamos de estar perante uma situação de ensino presencial na sala de aula. Outra perspectiva de utilização das TIC passa pela utilização de materiais em suporte digital, normalmente em CD ou DVD, que servem de suporte às aprendizagens tradicionais dos alunos. Incluem-se nestes materiais, CD’s divulgados com os manuais escolares, Enciclopédias digitais, entre outros.
Com a evolução exponencial do uso da Internet, e o surgimento de novas formas e plataformas de aprendizagem, associadas a WEB 2.0, um novo domínio da utilização das TIC surgiu. Este novo domínio que alguns autores designam por “extensão virtual da sala de aula presencial”, que inclui a Internet para a disponibilização de conteúdos aos alunos e proporcionar algumas orientações para o seu estudo forma da sala de aula.
Outro aspecto relevante na utilização das TIC na educação, diz respeito à sua utilização na educação à distância. O papel que as TIC assumem neste tipo de educação é extremamente importante, desde logo, pelo dinamismo que podem imprimir às relações professor-aluno e à relação do aluno com a construção do seu próprio conhecimento.
Todas as vertentes da utilização das TIC na educação representam mais-valias no processo educativo, e umas não invalidam ou se sobrepõem às outras.
A figura seguinte apresenta uma visão das diferentes vertentes de utilização das tecnologias no domínio do ensino e da formação, evidenciando a existência de algumas sobreposições, parcialmente responsáveis por alguma confusão e divergência em torno do conceito de e-learning. (Gomes, 2005)

Figura 1 – Vertentes da utilização das TIC na educação (adaptado de Gomes, 2005)

Novas metodologias de e-learning, têm surgido, embora não exista uma definição muito clara em torno do conceito de e-learning e na sua relação com as restantes vertentes da utilização das TIC na educação.
O e-learning pode no entanto, constituir novos cenários de educação à distância nos quais o elevado potencial das ferramentas disponíveis na Web permitem ultrapassar algumas das limitações apontadas aos anteriores modelos de educação à distância. Estes novos cenários apelam mais a cooperação e colaboração entre professores/formadores – alunos/formandos, mas também apelam fortemente à relação entre pares.

As Tecnologias da Informação e Comunicação e a Educação ao Longo da Vida

Tal como, referido anteriormente, as TIC podem ter um papel formativo bastante importante, tal é a variedade de formas de aprendizagem que podem proporcionar. Nesse sentido, e pensando em formação ao longo da vida, assumem um carácter preponderante, seja como suporte da formação, seja como fonte de aprendizagem.
Segundo Novak & Gowin (1999, pp. 9-10), na sociedade do conhecimento, “torna-se imperioso que cada sujeito aprenda a aprender”, o que implica que cada pessoa seja entendida como uma finalidade central da educação, no sentido de se encarregar ela própria da construção do saber, desenvolvendo mecanismos de auto-aprendizagem ou aprendizagem colaborativa.
Esta nova atitude perante a informação e os meios de adquirir conhecimento produz mudanças significativas na vida das pessoas, principalmente daquelas que não nasceram na era digital e que precisam se requalificar sob pena de perderem os seus postos de trabalho, pois na actualmente a informação assume um papel de riqueza e garantia de melhores condições de vida.
Tendo em consideração a importância da aprendizagem contínua, por um lado, e, por outro, a falta de disponibilidade de muitos profissionais para frequentarem acções de aperfeiçoamento profissional no formato tradicional, a formação a distância surge como uma solução, potenciando a utilização das TIC. Podendo as modalidades de e-learning assumirem um papel importante, nesta perspectiva, “life long learning”.

Referências Bibliográficas

· Gomes, Maria João (2005). E-learning: reflexões em torno do conceito. In P. Dias & C. V. Freitas (Orgs.). Actas da IV Conferência Internacional de Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação Challenges/Desafios 2005, (pp. 229-236). Braga: Centro de Competência Nónio Séc. XXI.
· Gomes, Maria João (2006). Desafios do E-Learning: do conceito às práticas. In Actas do VIII Congresso Galaico-Português de Psicopedagogia, Vol 2, (pp. 66-76). Braga: Universidade do Minho.
· Novak, J. & Gowin, B. (1999). Aprender a Aprender. Lisboa: Plátano Edições Técnicas

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

domingo, 19 de outubro de 2008

Colaborar / Comunicar Online?

Desde o início dos tempos que o ser humano necessitou de desenvolver métodos e formas de comunicação, que lhe permitisse comunicar com os outros. E ao longo dos tempos foram surgindo novas tecnologias e formas que permitem maior eficácia na “arte” de comunicar.
Quando me interrogo porquê comunicar/colaborar online, os primeiros aspectos em que penso, são as grandes vantagens que podemos retirar desta forma de comunicação. Vantagens ao nível da redução de custos e de tempo, comodidade para os utilizadores, interactividade, comunicação em tempo real, rapidez no acesso à informação, partilha de conhecimento, elevada atractividade, entre outras.
Várias ferramentas e aplicações têm surgido nos últimos anos, que permitem retirar partido da Internet para comunicar e colaborar. Ferramentas de comunicação como: e-mail, Instant Messaging, Skype, GoogleTalk, Chats, ICQ e ferramentas viradas para a colaboração online como: Forúns, Wiki, Plataforma LMS, Plataforma CMS, Blogs, Dicionários Online, entre muitas outras. Surge também o conceito de Web 2.0, associado a todas estas ferramentas de comunicação, onde os utilizadores deixam de ter um papel apenas de consulta, para passarem a poder ter um papel mais interactivo na Internet, podendo editar e criar conhecimento e colaborativamente. Estamos assim, perante um novo paradigma de socialização, utilizando a Internet, hoje em dia facilmente encontramos redes sociais, grupos de discussão, grupos de notícias, onde podemos comunicar e participar livremente.
Este novo paradigma dá origem a dois novos conceitos, o CSCL (Computer Supported Collaborative Learning) e CSCW (Computer Supported Collaborative Work).
O CSCL é caracterizado pela aprendizagem colaborativa apoiada por recursos computacionais e pode ser definido como uma estratégia educativa onde dois ou mais sujeitos constroem conhecimento, através de discussões, reflexões, partilha de conhecimento, através de todos estes recursos computacionais (Borges, 1995).
A escolha de um ambiente informático on-line para aprendizagem colaborativa, prende-se com as vantagens que este proporciona, das quais podemos destacar:
- a possibilidade de colaboração sem restrição de tempo e de local;
- melhorar a dinâmica de grupo, uma vez que, cada elemento sente que o seu contributo é importante para a construção do conhecimento;
- aumenta as competências sociais, de interacção e comunicação efectivas;
- incentiva o desenvolvimento do pensamento crítico e a abertura mental;
- permite conhecer diferentes temas e adquirir nova informação;
- reforça a ideia que cada aluno é um professor (a aprendizagem emerge do diálogo activo entre professores alunos);
- diminui os sentimento de isolamento e de temor à crítica;
- aumenta a segurança em si mesmo, a auto estima e a integração no grupo;
- fortalece o sentimento de solidariedade e respeito mútuo, baseado nos resultados do trabalho em grupo.
Segundo Vygostsky (1998), quando se trabalha num cenário colaborativo, os estudantes trocam ideias para colaborar na conquista dos objectivos compartilhados. Quando surgem dúvidas no trabalho, a combinação da sua actividade com a comunicação é o que conduz a aprendizagem. Num esquema de aprendizagem on-line colaborativa, o estudante deixa de ter o papel passivo recebendo apenas a informação do professor, para passar a ser um dos condutores na construção do conhecimento. Temos que pensar que para os nossos alunos será relativamente fácil utilizar estas tecnologias uma vez que são tecnologias que eles próprios “dominam”, trata-se apenas de as utilizarem para construir colaborar e construir conhecimento.
Como abordou Marc Prensky,no seu artigo “adopt and adapt”, será que devemos continuar com as políticas de bloqueio de parte destas ferramentas nas escolas, quando está visto que se tornaram mais valias para a construção de conhecimento? Os alunos, hoje em dia, como “Digital Natives” exigem que o recurso ao uso destas tecnologias seja uma realidade.
New Things in New Ways . ( Prensky, 2006)

Aspectos críticos sobre a Sociedade da Informação

Aspectos Críticos da Sociedade da Informação

O termo sociedade do conhecimento ou sociedade da informação surge nos finais do século XX, associado ao termo da globalização em grande parte devido ao desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicação. A sociedade tal e qual a conhecemos, tem vindo a sofrer algumas mutações em grande parte devido às TIC, onde a informação assume um papel preponderante na criação de riqueza, qualidade de vida e bem-estar das pessoas.
Dado o grande desenvolvimento da Sociedade da Informação, torna-se reflectir sobre alguns dos problemas inerentes à sociedade da Informação. Nesse sentido, penso que é importante reflectir sobre:

1 – Quantidade versus Qualidade da Informação e gestão da informação;
2 – Fiabilidade e validade das fontes;
3 – Propriedade da informação e direitos de copyright.

Um dos principais problemas que encontramos, quando efectuamos uma simples pesquisa através de um motor de busca, é com a quantidade de informação que nos aparece sobre essa mesma pesquisa. Um utilizador menos experiente, jovem ou adulto, terá dificuldade na escolha do caminho a seguir. As pessoas mais renitentes á utilização das novas tecnologias apresentam esta dificuldade como uma das principais barreiras no contacto com a Internet. Como deveremos então seleccionar a informação, ou por outras palavras, como poderemos comprovar a qualidade e a integridade da informação.
Como facilmente verificamos, a quantidade não implica qualidade. Por vezes, navegar e pesquisar informação na Internet, pode comparar-se a assistir a um combate entre o fogo e um bombeiro (Brown e Duguid, 2000).
Dado que, qualquer pessoa poderá criar e editar informação na Internet, por vezes torna-se difícil analisar a sua veracidade e a sua qualidade, no entanto existem algumas estratégias para atenuar este tipo de problemas. Em primeiro lugar devemos verificar quem é o autor da informação, se é um autor reconhecido, a que instituição pertence, se tem formação na área. Outra estratégia passa pelo confrontar e comparar a informação encontrada, com outras fontes e verificar se a qualidade da informação é comprovada através de citações a autores de referência. Outro ponto importante é verificar se estamos perante um site de referência sobre a temática em questão.
Existem outras estratégias, como por exemplo, utilizar procedimentos que permitam efectuar pesquisas mais eficazes, pesquisar em sites de referência, por exemplo, em repositórios de trabalhos académicos, comunicações e artigos, em bibliotecas on-line. Ou seja, em locais onde possamos identificar facilmente a qualidade da informação.
Isto pode parecer paradoxal, agora queixarmo-nos de existir imensa informação, quando à um tempo atrás alguns teóricos apontavam que, um dos principais problemas da sociedade era a falta de informação.
Como referem, Brown e Duguid no seu livro “ The Social Life of Information”, “The third wave has rapidily grown into a tsunami”. A escassez de informação rapidamente se transformou em abundância, restando-nos aprender a lidar com esta situação.
Com o aumento do trabalho colaborativo na Internet na construção de novos conhecimentos, surge o terceiro ponto crítico que identifiquei. Quem são os proprietários da informação? Este novo conceito de criação de informação e conhecimento implica, cooperação, colaborativismo, partilha, deste modo torna-se difícil identificar quem será o proprietário da informação. Será o grupo trabalho? Será apenas uma pessoa do grupo? Será propriedade do sítio onde está disponível? Ou será a informação de acesso livre? Do ponto de vista pessoal, penso que todo o conhecimento que resulta da cooperação de várias pessoas ou instituições deverá ser de acesso livre, pois só assim entendo a partilha de conhecimento. De qualquer modo, penso que os autores devem ser sempre referenciados, por uma questão ética e de comprovação da integridade da informação. Existem no entanto alguns sítios na Internet, onde o utilizador, caso queira, é convidado a contribuir financeiramente para determinado projecto, com o objectivo de financiar novos desenvolvimentos. Mas o não contributo, não retira o acesso à informação disponível.
Com o aumento do volume de informação e com a facilidade na sua utilização e reprodução, as questões dos direitos de autor são importantes e complexas. Para tentar dar resposta, a estas questões, surgem os movimentos de código aberto e mais recentemente as licenças Creative Commons.
As Licenças Creative Commons permitem expandir a quantidade de obras disponibilizadas livremente e estimular a criação de novas obras com base nas originais, de uma forma eficaz e muito flexível, recorrendo a um conjunto de licenças padrão que garantem a protecção e liberdade - com alguns direitos reservados. O utilizador poderá utilizar livremente informação de uma determinada obra, sem pedir autorização ao autor, uma vez que esta já estará previamente registada no Creative Commons.
A utilização deste tipo de licença poderá ser uma mais valia para a validação da qualidade da informação e consequentemente para a divulgação dos seus criadores.

A minha visão sobre o PTE, numa óptica tradicional....

Plano Tecnológico da Educação Segundo uma Visão Tradicional

Analisando o site do plano tecnológico da educação ( http://www.escola.gov.pt/), na perspectiva de um educador tradicional, não posso deixar de considerar a medida excessivamente política e eleitoralista. Onde a preocupação principal são os objectivos do projecto: “A ambição do PTE é a de colocar Portugal entre os cinco países europeus mais avançados em matéria de modernização tecnológica das escolas até 2010”; “2 alunos por computador em 2010”; “1 videoprojector por sala de aula em 2010”; “1 quadro interactivo por cada 3 salas de aula em 2010”; “Garantir velocidades elevadas de acesso à Internet em todos os computadores”. A intenção é centrada no equipamento, e na modernização tecnológica e assume-se que os alunos serão o futuro produto dessa mesma inovação. O modelo implícito no plano tecnológico assemelha-se ao modelo proposto por Bobbitt (1918), onde defendia uma escola organizada e desenvolvida, com um modo de funcionamento similar a uma empresa, a palavra-chave no modelo de Bobbitt era “eficiência”. Basta analisar-mos a apresentação do plano, para observar que as palavras-chave são inovação, desenvolvimento, eficácia e organização.
Na definição do plano tecnológico, os aspectos pedagógicos e do currículo assumem um papel mais secundário. A distribuição de equipamentos pelas escolas e atribuição de computadores portáteis a todos os alunos não irá resolver todos os problemas da educação, embora seja essa a ideia a transparecer, principalmente no que diz respeito a aquisição de competências chave, e no saber estar e conviver em sociedade. Os alunos não poderão desenvolver as competências pretendidas nas TIC se não adquirirem competências de escrita, leitura de raciocínio lógico-dedutivo, entre outras. As tecnologias não podem ser vistas como a resolução de todos os problemas (insucesso escolar, abandono escolar, problemas sociais, etc.), devem antes ser consideras como ferramenta de auxílio para a aquisição e construção de conhecimento. Apesar da integração da TIC, no processo de ensino, existem aspectos do currículo de algumas disciplinas que não podem ser descurados, por corremos o risco de termos a tecnologia, mas não a usar correctamente.
O plano foca a aquisição de competências TIC por parte dos alunos, e os docentes? E as respectivas adaptações curriculares? E os problemas sociais dos alunos e da escola? Não se pretenderá que a escola, privilegie a reprodução da cultura social dominante, ao exigir que todos os alunos atinjam determinadas competências? Uma das maiores críticas, feitas por Bourdieu e Passeron (1970) em A Reprodução, era o facto de o modelo tradicional de currículo e da escola, privilegiarem a reprodução da cultura social dominante.
Embora de uma perspectiva mais tradicional a medida possa ser criticável, torna-se difícil não concordar com ela, poderia ser desenvolvida noutros moldes, mas no geral é uma boa iniciativa. Todos nós desejamos uma escola bem apetrechada tecnologicamente, progressista, virada para a sociedade, com métodos de ensino inovadores e com currículos dinâmicos adaptados aos alunos e às suas vivencias sociais.
Pontos fortes do Plano:
- Modernização tecnológica da escola;
- Maior aproximação de Portugal aos níveis europeus na utilização das TIC;
- Maior integração das TIC no processo de ensino-aprendizagem;
- Pretender maior autonomia para os alunos.
Pontos Fracos do Plano:
- Falta de formação tecnológica dos docentes;
- Politização do projecto;
- Necessidade de proceder a alterações e ajustamentos aos currículos;
- Necessidade de maior autonomia para as escolas;
- Necessidades de repensar o sistema de formação inicial de professores.

sábado, 18 de outubro de 2008

Tecnologias e Escola

Para conchecimento, deixo um video, de uma reportagem da SIC, para o programa Futuro Hoje, sobre a relação escola tecnologia e integração das TIC no processo de ensino aprendizagem.
O video aborda aspectos relacionados com as mudanças que as tecnologias provocam na relação da escola com os alunos e encarregados de educação, e na forma como as tecnologias podem funcionar como factor facilitador e integrador.

Para Reflectir.....


sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Definir Currículo

Não existe uma definição clara e unívoca sobre o que se entende por currículo.
De uma perspectiva mais tradicional (associada à teoria tradicional) o currículo aparece como um conjunto de objectivos específicos, procedimentos e métodos para a obtenção de resultados que deverão poder ser medidos. Bobbit (1918) defendia, através do seu modelo de currículo, que a escola deveria funcionar como uma empresa comercial ou industrial, onde os alunos seriam o produto final.
Nos anos 60, associado às revoluções ideológicas, esta visão mais tradicional começou a ser questionada por diversos pensadores e surgem novas formas de pensar o currículo, associadas às teorias críticas. Giroux, por exemplo, defendia que " O currículo não está directamente envolvido na transmissão de factos e objectivos. O currículo é um local onde activamente se produzem criam significados sociais."
Mais recentemente surgem as teorias pós-criticas as quais defendem um currículo baseado no multiculturalismo, onde se devem destacar a diversidade das manifestações culturais do mundo actual. Nesse sentido surgem os conceitos de currículos abertos e dinâmicos. Algo já tem sido feito nesse sentido, há no entanto, muito ainda a fazer....
Através das minhas leituras, elaborei um documento sobre o currículo, que poderá ser consultado em: http://docs.google.com/Doc?id=dd75ntct_0hbhq4s2n.

Perspectivas de Curriculo

Penso que a natureza do currículo pode tornar-se mais clara quando relacionamos o termo "Currículo" com o ensino, nas suas actividades escolares ou curriculares e extracurriculares. Importante, também, é efectuar a distinção entre Currículo Formal, Informal e Oculto.
Centrando-nos no processo educativo actual, podemos definir o Currículo Formal, como sendo, o plano de ensino-aprendizagem, contendo os objectivos, conteúdos e actividades, pretendendo promover as aprendizagens formais dos alunos. Representa a obrigação formal do professor, traduz-se num horário lectivo semanal para os alunos e professor e no cumprimento de programas previamente concebidos.
O Currículo Informal, refere-se a todas as actividades estruturadas ou não estruturadas que decorram para além das actividades lectivas dos alunos. Pode considerar-se parte do currículo informal actividades como: visitas de estudo, actividades desportivas, cívicas culturais que decorrem na escola como actividades extra-lectivas. No sistema educativo actual são exemplo, os clubes, o desporto escolar, as associações de estudantes, entre outras. No entanto estas actividades informais não devem estar dissociadas das actividades formais, visto que não deverão prejudicar o desenrolar das actividades formais.
Paralelamente ao currículo formal e informal, aparece o termo Currículo Oculto ou também designado por currículo “escondido”. Este conceito de currículo designam as aprendizagens adquiridas pelos alunos que não se encontram explicitamente definidas no currículo formal, e ainda, as respeitantes à aquisição de valores, atitudes, processos de socialização em que estão envolvidos. Dewey, defendia que estas aprendizagens não devem ser desconsideradas, ao afirmar que: “A aprendizagem colateral, no sentido, de formação de atitudes, aversões ou gostos duradouros, talvez seja e é, muitas vezes, mais importante do que a lição de ortografia, geografia, ou história que se está a aprender” (Dewey, 1969 p.48).
Para compreender-mos a importância e as implicações deste currículo para o currículo formal, torna-se importante clarificar algumas das suas características. Uma das características principais é o facto de as aprendizagens serem mais lentas mais duradouras e exercerem bastante influência futura sobre os alunos. Outro aspecto importante é que por vezes estas aprendizagens podem ser contraditórias em relação ao ensino mais formal, isto é, se por exemplo pretendermos que os nossos alunos sejam críticos em relação à sociedade, e por outro lado as suas vivências sociais ou religiosas apelam no sentido contrário, iremos encontrar resistência por parte do aluno.
Deste modo, é importante que quando se reflecte sobre melhorias ou alterações a efectuar nos currículos, todas estas vertentes do currículo sejam tidas em conta.