quarta-feira, 16 de março de 2011

Word Cloud Tese de Mestrado


Word clouds com as palavras mais utilizadas na Tese de Mestrado

Word Cloud do Blogue


Nuvem de palavras com maior incidência neste blogue.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Estudo exploratório sobre a utilização das TIC por professores de uma escola do ensino básico e secundário

Apresentação para as provas de dissertação de mestrado em tecnologias e metodologias em e-learning, realizadas no dia 09/12/2010, com classificação final de Excelente (18 Valores).

terça-feira, 10 de março de 2009

Do hipertexto aos sistemas LMS

Do Hipertexto aos Sistemas LMS
Quando Vannevar Bush, em 1945, preconizou a construção de um sistema com as características do seu Memex, reagia assim já à necessidade cada vez maior de permitir o acesso a uma base de conhecimento cujo volume tornava impossível o seu domínio apenas por um indivíduo ou pequeno grupo de indivíduos (Bush, 1945).
Posteriormente, Theodore Nelson, nos anos 60, apresentou o termo Hipertexto, para se referir a um novo conceito de organização não sequencial e associativa de acesso à informação escrita, tendo como suporte o computador (Nelson, 1965). De uma forma genérica, no caso da educação, o hipertexto permite aos alunos consultarem o conteúdo de grandes obras de forma não linear, de acordo com as suas necessidades e estilos de aprendizagem.
Os sistemas de hipertexto, estão na origem do que actualmente designamos por sistemas hipermédia, onde a informação deixa de ser apresentada apenas como textual, para ser apresentada em formato multimédia (áudio, vídeo, imagem, gráficos), e também aqui de consulta não necessariamente linear.
A utilização dos sistemas hipermédia na educação, não é algo de novo, e tem sido alvo de vários estudos sobre as vantagens e impactos na forma de pensar o ensino. Alguns autores apresentam a utilização dos sistemas hipermédia na educação como forma de potenciar modelos construtivistas, onde o aluno é responsável por construir o seu próprio conhecimento. Os sistemas hipermédia apresentam-se como ambientes de aprendizagem coerentes com um paradigma educacional que focaliza a aprendizagem numa perspectiva construtivista (cf. Dias & Meneses, 1993:90).
Este novo paradigma educacional assume como objectivo da educação e formação, a interacção e manipulação directa da informação e do conhecimento por parte dos alunos. Os sistemas hipermédia, são excelentes ferramentas para armazenamento, manipulação e processamento da informação. A este nível, são apresentadas novas potencialidades aos sistemas de ensino com o desenvolvimento dos sistemas hipermédia distribuídos, suportados pelas redes mundiais de computadores, de que é caso paradigmático o serviço World Wide Web da Internet, cujas características hipertextuais o tornam um "Memex" partilhado e distribuído.
O desenvolvimento contemporâneo de sistemas hipermédia interactivos tem vindo a afirmar-se como um factor fundamental na reformulação do pensamento no domínio da comunicação educacional, com particular evidência para a reorganização do espaço tradicional de interacção entre o professor e os alunos. Vários sistemas hipermédia têm sido apresentados com finalidades educacionais, e mais recentemente com ênfase para as plataformas LMS, de suporte à aprendizagem.
As plataformas LMS são aplicações educacionais destinadas ao suporte de actividades voltadas para a educação. Podem auxiliar professores e alunos no seu trabalho, além de promoverem a integração de diferentes medias e recursos. A sua finalidade é manter, de forma organizada e simples, as interacções entre pessoas e objectos de conhecimento, além de estimular a troca de ideias e a partilha de conhecimento por parte dos seus utilizadores.
Existem hoje em dia, inúmeros ambientes que reúnem recursos e actividades que permitem suportar e estruturar cursos ou disciplinas a distância. Várias empresas nos últimos anos têm desenvolvido poderosas aplicações para suporte de ambientes virtuais de aprendizagem baseados na Web, aplicações como Blackboard, LearningSpace, WebCT, Adobe Conncet Pro entre outras, têm surgido no mercado. Universidades e grupos colaborativos têm desenvolvido e apresentado as suas soluções, de uso gratuito, ferramentas como a AulaNet, Eureka, TelEduc, Moodle foram surgindo e sendo utilizadas gradativamente.
Mais recentemente, o surgimente de novas ferramentas associadas a web 2.0, provoucou uma "mudança de rumo" na utilização de plataformas LMS. Existem autores que começam a colocar a questão se ao utilizarmos plataformas LMS não estamos a limitar o acesso à informação e a sua partilha na comunidade. Alguns autores referem que o conjunto de ferramentas disponibilizadas por estas ferramentas é manifestamente insuficiente, comparando com as ferramentas disponíveis hoje em dia na Web (Valente e Moreira, 2007).
No entanto as plataformas LMS, apresentam como vantagem o facto de agregarem um conjunto de ferramentas que permitirá orientar utilizadores menos experientes. Por outro lado, pode ser vantajoso a sua utilização com alunos em situações de ambiente controlado.
Pessoalmente, tendo em conta a experiência de várias escolas em relação á utilização de plataformas LMS, penso que existe ainda muito por explorar e que o uso deste tipo de ferramentas pode proporcionar novas motivações nos alunos.
Referências:
  • Bush, V. (1945). As We May Think. Atlantic Monthly, 175 (1), 101-108.
  • Dias, P.; Meneses, M. I. (1993). Problemática da Representação em Hipertexto. Revista Portuguesa de Educação, 6 (3), 83 - 91.
  • Gomes, M. (1996). Algumas Reflexões em Torno da Fundamentação da Utilização Educativa de Sistemas Hipermedia. Revista Portuguesa de Educação, 9(2), 43-59.
  • Valente, L., Moreira, P. (2007). Moodle: moda, mania ou inovação na formação? – Testemunhos do Centro de Competência da Universidade do Minho. In P. Dias; C. V. Freitas; B. Silva; A. Osório & A. Ramos (orgs.), Actas da V Conferência Internacional de Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação – Challenges 2007. Braga: Centro de Competência da Universidade do Minho, pp. 781-790.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Iniciativas TIC Internacionais

Análise do Espaço Online Rived
Tipo de Recursos

Os recursos disponibilizados pelo Rived são actividades multimédia interactivas sob a forma de animações ou simulações. As animações e simulações permitem de testar diferentes caminhos, acompanhar a evolução temporal das relações causa e efeito, visualizar conceitos de pontos de vista diferentes e comprovar hipóteses. Assim, estas são instrumentos poderosos para despertar novas ideias, para relacionar conceitos, para despertar a curiosidade e para resolver problemas.
Os RED’S disponibilizados têm por objectivo dar suporte às aprendizagens nas diversas áreas disciplinares.

Formatos e Standards
Os recursos disponibilizados requerem a instalação de alguns plugins, tais como, Java, Flash Player e Adobe PDF reader. Também compatível com Sistema Operativos Linux.

Produção
O Rived (Rede Interactiva Virtual de Educação) é um programa da Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação Brasileiro. Tem por objectivos a produção e disponibilização de recursos educativos digitais (RED’S). A principal meta que o programa pretende atingir é a de melhorar a aprendizagem nas disciplinas do ensino básico e profissional.
Em 1997 houve o acordo Brasil-Estados Unidos sobre o desenvolvimento da tecnologia para uso pedagógico. A participação do Brasil teve início em 1999 por meio da parceria entre Secretaria de Ensino Médio e Tecnológico (hoje SEB) e a Secretaria de Educação à Distância (SEED). Brasil, Peru e Venezuela participaram do projecto. A equipa do RIVED, na SEED, foi responsável, até 2003, pela produção de 120 objectos de Biologia, Química, Física e Matemática para o Ensino Médio. Em 2004, o programa Rived é alargado também às universidades, através do Programa Fábrica Virtual, tentando captar o interesse dos professores no desenvolvimento de novas metodologias de aprendizagem e novos recursos educativos.
O programa Fábrica Virtual, prevê a realização de um curso online para produção de RED’S com o objectivo de dotar as equipas seleccionadas de conhecimentos sobre a criação de recursos educativos digitais. Cada equipa é constituída por um Professor de Licenciatura, um Professor de Informática e cinco estudantes graduandos, sendo três da licenciatura na área escolhida para a produção de conteúdos e dois da área de informática.
Anualmente é realizado um concurso direccionado para alunos de graduação e pós-graduação, professores de educação básica e profissionalizante. Os RED’s premiados passam a estar disponíveis para acesso livre no Rived, estando ao alcance de todos os professores e alunos.

Financiamento
O programa Rived é financiado pelo Governo Brasileiro através do Ministério da Educação e em particular pelas Secretarias de Educação Básica e de Educação à Distância. Não é possível obter através do site o valor do montante investido no projecto. Todos os recursos disponibilizados são de livre utilização sem custos para o utilizador. A produção de RED’s é ainda financiada através de outras formas, como seja o caso de atribuição de bolsas por parte do Governo.

Licenciamento
Os recursos disponibilizados estão livres e abertos a todos os visitantes. O site não prevê registo nem autenticação de utilizadores, incluindo apenas uma área restrita para administração.
Os recursos estão a ser gradualmente registados através das licenças Creative Communs e podem ser livremente utilizados, copiados e alterados. Com as licenças Creative Commons, garantem-se os direitos de autor dos conteúdos publicados e possibilita a outros copiar e distribuir o material desde que atribuam o crédito aos autores.
O site é de fácil navegação e disponibiliza mecanismos de pesquisa de recursos que se encontram catalogados por áreas disciplinares e palavras-chave.

Acesso e distribuição
Os conteúdos do RIVED ficam armazenados num repositório e quando acedidos, via mecanismo de busca, vêm acompanhados de um guia do professor com sugestões de utilização. Cada professor tem a liberdade de usar os conteúdos sem depender de estruturas rígidas: é possível usar o conteúdo como um todo ou apenas algumas actividades ou ainda, alguns objectos de aprendizagem como animações e simulações.
Além dos conteúdos produzidos pela equipa do RIVED e pela Fábrica Virtual, também estão publicados conteúdos premiados pelo PAPED, Concurso RIVED e outros adquiridos através de parcerias com outras instituições de ensino.
O acesso aos objectos de aprendizagem do Rived contempla também a indicação de vídeos veiculados pela TV Escola que complementam o conteúdo trabalhado no objecto, enriquecendo ainda mais o processo de aprendizagem do aluno.

Catalogação dos Recursos
Os recursos encontram-se catalogados por nível de ensino, por área disciplinar e palavra-chave. Para pesquisar conteúdos é sugerido ao utilizador que indique um nível de ensino e uma área a pesquisar ou uma palavra-chave.
Após a pesquisa é apresentada uma lista de recursos disponíveis sobre a área pretendida. Cada recurso disponibiliza uma pequena descrição, uma visita guiada incluindo opções que permitem a compreensão de detalhes. A dada ainda a possibilidade de download para utilização noutro suporte, visualização online do recurso e possibilidade de comentar o mesmo.

Qualidade
Através de uma análise superficial de alguns RED’S disponibilizados, pensamos que estes possuem bastante qualidade. O envolvimento das instituições de ensino superior no programa, bem como o trabalho colaborativo das equipas intervenientes proporcionou um grande incremento na qualidade dos recursos disponíveis e no desenvolvimento das metodologias de aprendizagem.
O Rived disponibiliza um conjunto de documentos, catalogados como “Padrões Rived” que servem de base à criação de novos recursos, tentando garantir a qualidade dos mesmos.

Custos
Observa-se que o desenvolvimento dos objectos de aprendizagem digital é fruto do trabalho de pessoas que desejam contribuir com a educação, é difícil mensurar o "valor" investido, mas o governo oferece bolsas de estudo, além do próprio website, que é o espaço online para funcionamento do projecto.

Análise do Espaço Online EducaRede

EDUCAREDE é um portal para pesquisar, comunicar, publicar e aprender em rede.
O EducaRede é um portal educativo, totalmente gratuito e aberto, dirigido a educadores e alunos do “Ensino Fundamental” e “Ensino Médio” da rede pública e a outras instituições educativas. O seu objectivo é contribuir para a melhoria da qualidade da educação, estimulando a integração da Internet no quotidiano da escola pública e possibilitando a inclusão digital a todos os jovens que o frequentam.

Tipo de recursos
Canais de cultura e de informação, apoio à pesquisa, conteúdos sobre tecnologia e educação: fóruns, salas de chat agendadas pelos utilizadores, galeria de arte para exposição de projectos, comunidade virtual, oficina de criação colectiva de textos, além de espaço para contribuição de internautas em todos os canais.

Formatos e standards
Os formatos encontrados neste site são htm e flash.

Produção
O Portal tem conteúdos exclusivos, preparados por especialistas em diversas áreas, que apoiam educadores e estudantes na abordagem de temas actuais e aliciantes. Permite também a produção partilhada através de projectos.

Financiamento
O Programa EducaRede é uma iniciativa da Fundação Telefónica em Espanha e na América Latina. No Brasil, tem a coordenação geral da Fundação Telefónica em parceria com o CENPEC (coordenador-executivo e gestor pedagógico), a Fundação Vanzolini da POLI/USP (coordenação tecnológica) e o Terra (infra-estrutura e hospedagem). Lançado em 2002 como um portal, a partir de 2004 foi caracterizado como um programa, em função da diversidade de acções desenvolvidas. Há parcerias com Governos locais.

Licenciamento
Obedecem aos princípios de direito de autor.

Acesso e distribuição
Todas áreas são livres mas algumas exigem que o utilizador faça um registo para aceder o material disponível.
Catalogação
Os recursos encontram-se catalogados por temas e palavras-chave.

Qualidade
A qualidade é "mutável", pois os objectos de aprendizagem digitais contam com a participação da comunidade académica que contribui para a melhoria dos recursos disponíveis, mas de início o material tem uma boa qualidade didáctica.

Custos
EducaRede é um projecto da empresa Telefónica que criou uma Fundação para assumir alguns compromissos de "responsabilidade social" juntamente com outros parceiros.

Conclusão
Após a breve análise efectuada a estes dois sítios, entre muitos outros existentes, e em que todos pretendem a generalizar a utilização e integração das TIC no Currículo e no processo de ensino-aprendizagem, como conclusão fazemos de seguida registo de algumas considerações que pensamos serem importantes.
Em primeiro lugar verificamos que ambos os sítios são de licenciamento de autor, embora o RIVED preveja o licenciamento gradual pelo Creative Commons dos conteúdos a serem aí produzidos, os quais são de domínio público de acesso livre e gratuito, tal como também acontece com o EDUCAREDE. Deste facto se conclui existir uma preocupação, da parte dos criadores e responsáveis por estes sítios, de que o acesso e utilização da informação disponibilizada sejam livres e gratuitos para o utilizador, pelo menos numa primeira abordagem.
Por outro lado, no que se refere ao domínio de topo, ambos os sítios se inserem no gTLD (generic top-level domain) “org”, o qual se destina a organizações sem fins lucrativos, não havendo pois referência ao gTLD “edu”, o qual se refere à Educação e que, provavelmente, faria mais sentido ser utilizado.
Em relação a questões de acessibilidade, do ponto de vista do utilizador, também não é feita qualquer referência de conformidade com, por exemplo, o W3C, ou WCAG. Ainda no que diz respeito ao carácter universal de usabilidade, também em nenhum dos dois sítios analisados se encontraram indicações relativas ao nível do utilizador, do dispositivo, da situação de uso ou da intenção de uso.
Por fim, e tendo como comparação a realidade portuguesa, e em especial o caso do PTE, podemos considerar que estes dois sítios analisados podem constituir um ponto de comparação com o Portal Institucional do Ministério da Educação, ou servirem como suporte de referência à criação de um Portal de Escola.
Referências Bibliográficas:
http://www.rived.mec.gov.br
http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm
http://creativecommons.org/
http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal
http://www.w3.org/WAI/
http://www.w3.org/TR/WCAG20/
http://www.escola.gov.pt/escola.asp
http://www.min-edu.pt/

Trabalho elaborado pelo Grupo B:
Ana Matos, Eduardo Aquino, Eduardo Nunes, Isabel Pinto-Coelho e João Piedade.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Sociogramas

Sociogramas (mais brevemente)

Sociograma do Blogue


Legenda:


blue: for links (the A tag)
red: for tables (TABLE, TR and TD tags)
green: for the DIV tag
violet: for images (the IMG tag)
yellow: for forms (FORM, INPUT, TEXTAREA, SELECT and OPTION tags)
orange: for linebreaks and blockquotes (BR, P, and BLOCKQUOTE tags)
black: the HTML tag, the root node
gray: all other tags

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Aprender na sociedade do Conhecimento

Contextualização

O desenvolvimento das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), provocou algumas alterações, no modo como pensamos a educação, nomeadamente, a educação na Sociedade do Conhecimento. Bem como, nas formas métodos e nos espaços de aprendizagem, hoje em dia não só a escola se assume como espaço de aprendizagem, a residência, o local de trabalho, o espaço social assumem um papel importante na aprendizagem.
Cada vez mais as pessoas e os alunos em particular, procuram conhecimentos através das TIC, principalmente na Internet, que possam corresponder às suas necessidades de aprendizagem. Existe hoje em dia, um vasto leque de tecnologias disponíveis, que permitem desenvolver novos espaços de aprendizagem, e a quantidade de informação disponível é incalculável, que se torna muito difícil seleccionar informação de qualidade.
As consequências de todo este desenvolvimento, são enormes para a escola e para os professores. Os modelos pedagógicos centrados no professor, onde este assume o papel principal na transmissão de conhecimento, não se adequam a este novo paradigma de aprendizagem, que exigem ambientes de aprendizagem interactivos, dinâmicos centrados no aluno e nas suas necessidades de aprendizagem. Quando implementamos metodologias com recurso às TIC, por exemplo, sala de aula em rede, aumentamos a complexidade mas também a interactividade e o interesse e participação dos alunos.
Comparativamente com os modelos pedagógicos tradicionais as pedagogias colaborativas típicas das salas de aula em rede constituem-se como sistemas de muito mais elevado grau de complexidade: mais interactivos, menos estruturados, envolvendo processos colaborativos de construção do conhecimento, capazes de adaptação à mudança mas também altamente imprevisíveis. (Gomes, 2006)

Utilização das Tecnologias da Informação no Ensino

As TIC são utilizadas no ensino em variados contextos e com diversos objectivos. O mais usual, é no meu ponto de vista, a sua utilização na sala de aula, para apresentação de conteúdos ou para desenvolver algumas actividades com os alunos, não deixamos de estar perante uma situação de ensino presencial na sala de aula. Outra perspectiva de utilização das TIC passa pela utilização de materiais em suporte digital, normalmente em CD ou DVD, que servem de suporte às aprendizagens tradicionais dos alunos. Incluem-se nestes materiais, CD’s divulgados com os manuais escolares, Enciclopédias digitais, entre outros.
Com a evolução exponencial do uso da Internet, e o surgimento de novas formas e plataformas de aprendizagem, associadas a WEB 2.0, um novo domínio da utilização das TIC surgiu. Este novo domínio que alguns autores designam por “extensão virtual da sala de aula presencial”, que inclui a Internet para a disponibilização de conteúdos aos alunos e proporcionar algumas orientações para o seu estudo forma da sala de aula.
Outro aspecto relevante na utilização das TIC na educação, diz respeito à sua utilização na educação à distância. O papel que as TIC assumem neste tipo de educação é extremamente importante, desde logo, pelo dinamismo que podem imprimir às relações professor-aluno e à relação do aluno com a construção do seu próprio conhecimento.
Todas as vertentes da utilização das TIC na educação representam mais-valias no processo educativo, e umas não invalidam ou se sobrepõem às outras.
A figura seguinte apresenta uma visão das diferentes vertentes de utilização das tecnologias no domínio do ensino e da formação, evidenciando a existência de algumas sobreposições, parcialmente responsáveis por alguma confusão e divergência em torno do conceito de e-learning. (Gomes, 2005)

Figura 1 – Vertentes da utilização das TIC na educação (adaptado de Gomes, 2005)

Novas metodologias de e-learning, têm surgido, embora não exista uma definição muito clara em torno do conceito de e-learning e na sua relação com as restantes vertentes da utilização das TIC na educação.
O e-learning pode no entanto, constituir novos cenários de educação à distância nos quais o elevado potencial das ferramentas disponíveis na Web permitem ultrapassar algumas das limitações apontadas aos anteriores modelos de educação à distância. Estes novos cenários apelam mais a cooperação e colaboração entre professores/formadores – alunos/formandos, mas também apelam fortemente à relação entre pares.

As Tecnologias da Informação e Comunicação e a Educação ao Longo da Vida

Tal como, referido anteriormente, as TIC podem ter um papel formativo bastante importante, tal é a variedade de formas de aprendizagem que podem proporcionar. Nesse sentido, e pensando em formação ao longo da vida, assumem um carácter preponderante, seja como suporte da formação, seja como fonte de aprendizagem.
Segundo Novak & Gowin (1999, pp. 9-10), na sociedade do conhecimento, “torna-se imperioso que cada sujeito aprenda a aprender”, o que implica que cada pessoa seja entendida como uma finalidade central da educação, no sentido de se encarregar ela própria da construção do saber, desenvolvendo mecanismos de auto-aprendizagem ou aprendizagem colaborativa.
Esta nova atitude perante a informação e os meios de adquirir conhecimento produz mudanças significativas na vida das pessoas, principalmente daquelas que não nasceram na era digital e que precisam se requalificar sob pena de perderem os seus postos de trabalho, pois na actualmente a informação assume um papel de riqueza e garantia de melhores condições de vida.
Tendo em consideração a importância da aprendizagem contínua, por um lado, e, por outro, a falta de disponibilidade de muitos profissionais para frequentarem acções de aperfeiçoamento profissional no formato tradicional, a formação a distância surge como uma solução, potenciando a utilização das TIC. Podendo as modalidades de e-learning assumirem um papel importante, nesta perspectiva, “life long learning”.

Referências Bibliográficas

· Gomes, Maria João (2005). E-learning: reflexões em torno do conceito. In P. Dias & C. V. Freitas (Orgs.). Actas da IV Conferência Internacional de Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação Challenges/Desafios 2005, (pp. 229-236). Braga: Centro de Competência Nónio Séc. XXI.
· Gomes, Maria João (2006). Desafios do E-Learning: do conceito às práticas. In Actas do VIII Congresso Galaico-Português de Psicopedagogia, Vol 2, (pp. 66-76). Braga: Universidade do Minho.
· Novak, J. & Gowin, B. (1999). Aprender a Aprender. Lisboa: Plátano Edições Técnicas